quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Senhor,que passa por essa rua
com buracos na calçada,portando
antigas ilusões no bolso esquerdo
O senhor que pulou muros
tacou fogo em salas de estar
que guardou no peito tanto amor
tanta vida que mal cabia no corpo
tantos sonhos que mal cabiam no tempo
velho de guerra,gritava
até o concreto rachar
O que andou fazendo da vida,senhor?
Os amores e sabores e utopias
o poder de escolher vida e morte
os soluços dos rios de lágrimas
e aquela cerveja no fim do dia
Vazou tudo entre seus dedos?
Me desse aquele tiro de ideologia
e eu não escaparia
Me desse um soco de rebeldia
e eu iria a nocaute.
Eu não fugiria do senhor.
Onde está o senhor?
Recolho ao meu vazio
e essa chuva que eu bebo pra não morrer de sede
pra não morrer.
Meu herói nunca chegou(onde está,senhor?)...

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