quinta-feira, 22 de julho de 2010

(Falta de )Inspiração é foda:a filha da mãe só aparece quando bem entende.Nunca me deu satisfação de nada,e fica vagabundeando por aí até se fixar na minha cabeça.Culpa dele,eu poderia dizer.Mas não digo.Eu já lhe jogo nas costas as minhas noites sem sono,meu vício em café crescendo consideravelmente,meus delírios e minhas crises de riso e choro.É,acho que já chega.Pois acabo de adotar uma linda gatinha,e ela tem roubado minha atenção.Por que não botar culpa nela,ele poderia dizer.Mas não diz.Me beija e se vai.Eu que me resolva com minhas noites sem sono e blá blá blá.Quem manda brincar com fogo?!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O dia em que Saramago morreu

O sol havia se levantado bem maroto,bem ao estilo inverno de nascer.Eu estava bem desperta,para assistir aos jogos da Copa - o futebol e o seu poder de me tomar o tempo.Havia em mim uma esperança de um telefonema dele,querendo fazer algum comentário futebolístico.Ele sabia/sabe que eu era/sou a única menina com que ele pode conversar sobre jogos.Eu nunca reclamaria/reclamei/reclamo,ao contrário,eu gosto.Principalmente porque ele é quem fala.Eu tinha a esperança e ela me correu o dia.Como um sopro na minha nuca,que me acompanhou a partir de 12h30.E num estalo,voltei a escrever.A esperança,o futebol,o sopro e as letras no papel.

Ele me ligou:"Carol,Saramago virou imortal de vez".O dia não poderia ter sido mais bonito...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Das maravilhas da ciencia
faço que desconheço
Passa um filme de Almodóvar
finjo que nunca vi
Dos meninos da escola
penso ter beijado apenas um
O que está derramado no chão
digo que nunca bebi
Meu amor marcado no corpo
profunda cicatriz
E eu me faço de besta
tal qual a vida
que apesar da morte
continua a estrada...